TEIA DO DESTINO

Teia do Destino.

Guel Brasil.

Ah! Meus tempos de menino;

Que vontade que eu tenho de voltar,

Rever meus companheiros de infância

Tomar banho na bica do riacho,

Beber da água pura e cristalina

Que descia serpenteando rio abaixo.

Que loucura eu fiz quando parti,

Buscando coisas que ali sempre tive;

Na cabeça a ganância de um viver melhor

Tentando encontrar o que nunca perdi,

Num mundo cheio de ilusões e dores

Já não sei mais o que estou fazendo aqui.

Nessa busca frenética pelo tudo ou nada

Acabei por encontrar um amor perfeito,

Que ainda bebe comigo o cálice da dor;

Dor amiga, nos seguindo passo afora

Da nossa vida cheia de altos e baixos,

Vivendo sempre o momento, o hoje, o agora.

Os filhos que juntos tivemos

Cada um tomou seu rumo;

Uns escolheram bem com quem viver

Outros, porém nem tanto assim,

Enredaram-se na teia do destino

Num sofrimento que parece não ter fim.

Às vezes penso do erro ter sido meu

Por ter vindo parar nessa terra de ninguém,

Onde todos buscam o que não perderam

E lamentam de um viver que não é seu;

Aqui o tempo passa como um vento forte

Varrendo as migalhas que a vida nos deu.

guelbrasil@gmail.com

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 08/04/2011
Código do texto: T2896256
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