TEIA DO DESTINO
Teia do Destino.
Guel Brasil.
Ah! Meus tempos de menino;
Que vontade que eu tenho de voltar,
Rever meus companheiros de infância
Tomar banho na bica do riacho,
Beber da água pura e cristalina
Que descia serpenteando rio abaixo.
Que loucura eu fiz quando parti,
Buscando coisas que ali sempre tive;
Na cabeça a ganância de um viver melhor
Tentando encontrar o que nunca perdi,
Num mundo cheio de ilusões e dores
Já não sei mais o que estou fazendo aqui.
Nessa busca frenética pelo tudo ou nada
Acabei por encontrar um amor perfeito,
Que ainda bebe comigo o cálice da dor;
Dor amiga, nos seguindo passo afora
Da nossa vida cheia de altos e baixos,
Vivendo sempre o momento, o hoje, o agora.
Os filhos que juntos tivemos
Cada um tomou seu rumo;
Uns escolheram bem com quem viver
Outros, porém nem tanto assim,
Enredaram-se na teia do destino
Num sofrimento que parece não ter fim.
Às vezes penso do erro ter sido meu
Por ter vindo parar nessa terra de ninguém,
Onde todos buscam o que não perderam
E lamentam de um viver que não é seu;
Aqui o tempo passa como um vento forte
Varrendo as migalhas que a vida nos deu.
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