AURORA
Já a aurora vem rompendo as sombras
abrindo os meus olhos
já despertos da mansidão
do sono que teima em partir.
No silêncio da madrugada,
sou embalada por suaves trinados
das aves, que de ramo em ramo,
ensaiam melodiosos concertos.
Fecho os olhos e inebrio-me
por esses sons de cristal,
esquecendo-me de tudo...
Apenas ouço, enlevada,
e na minha alma
sinto instalar-se a paz.