No fim da rua
Ei, você, que não leu meus versos,
eram seus os dizeres, eram minhas as vontades.
Eu sempre sonhei com esse dia
em que eu te veria no fim da rua...
Dona de si, de mim, e do mundo.
Uma poeira encobria a sombra
e assombra a incerteza que parecia pairar.
Ei, você, que não me deu a certeza de nada...
Era a minha maior composição, versos simples.
Nem brilhantes ou lingeries, nada de brilhos.
Eram versos de pouca rima, de pouca letra....
mas untados de um sentimento que nem sei.
Como eu quisera esse dia, no fim da rua.
A casa branca a esconder os medos,
a flor do jardim da casa branca,
foi a flor que eu mais reguei.
Ela murchou em uma tarde de sol forte,
raios e rios, risos e resignações...
era o jardim da minha casa
era a minha maior inspiração.
Perdeu-se no fim da rua.