FAZ SOL
Faz sol e minh’alma está
encharcada.
Duvido de mim.
Dia e noite, chuva e sol
misturam-se como elos
e os pássaros cantam
sobre galhos verdes
indiferentes à minha dor.
Faz sol e eu canto.
Chove torrencialmente nas
margens dos afluentes
que irrigam a mente
de sonhador.
E eu canto.
Manso, imito os pássaros
e desgosto as folhas
que murcham sem sorrir.
Os pássaros se escondem
da chuva
E segam a terra da
imaginação.