O Cruzeiro do Sul

Solta desilusão

Num bater de asas,

pardal não vira falcão

Brisa fresca, delicada

Silencioso outono,

surge sem alardes, introspectivo

Arte do lixo inviolada, sem eco

Chamas embaraçosas, invisíveis

Eu vi tua expressão de desafio!

Na beirada do precipício,

equilíbrio insano na ponta dos dedos

Desdenhada morte no teu riso

O Cruzeiro do Sul quebra em cacos

o espelho do meu medo,

passe de mágica desmanchando vultos

Via de mão dupla, sem sermão ou contra-mão

Irradiada imponência de meu anseio

Fascinante solidão esperançosa

Baco Trôpi Renton
Enviado por Baco Trôpi Renton em 25/03/2011
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T2869160
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