O Cruzeiro do Sul
Solta desilusão
Num bater de asas,
pardal não vira falcão
Brisa fresca, delicada
Silencioso outono,
surge sem alardes, introspectivo
Arte do lixo inviolada, sem eco
Chamas embaraçosas, invisíveis
Eu vi tua expressão de desafio!
Na beirada do precipício,
equilíbrio insano na ponta dos dedos
Desdenhada morte no teu riso
O Cruzeiro do Sul quebra em cacos
o espelho do meu medo,
passe de mágica desmanchando vultos
Via de mão dupla, sem sermão ou contra-mão
Irradiada imponência de meu anseio
Fascinante solidão esperançosa