joão de barro

O João de barro,aos poucos, construíu
Um larzinho lindo para o seu amor
Porém,o destino ,caprichoso,uniu
Sua bem amada ao irriquieto beija flor

Pobre do João que na casa ficou
Solitário,chorava de saudade,assim...
A poupa ,com carinho,aconselhou
“ amigo,coloque na janela um jasmin

Quando o perfume,bem longe ,percorreu
Levando a amada doce lembrança
Esta,num segundo,a casa de argila bateu
João de barro,ao vê-La,chorou feito criança

Cobrindo-a de tantas pétalas de flores
Fechou,em silêncio,para sempre, a portinha
Morrendo num mausoléu de muitas cores
Abraçado,ternamente,a sua joaninha!


observação;a poupa é um passaro que tinha seu desenho nos túmulos gregos e no livro levitico,era tida como ave "abominável",assim como
o falcão e o gavião,impróprio para ser levado a mesa.
nesta simples poesia,saúdo esta ave,assim como farid ud attar em sua
conhecida obra ' a conferência dos pássaros',como uma fiel conselheira.