O SONHO E O MAR

Eu, muitas vezes, não nego

Me pego olhando pro mar

Quem vê,

Me vê sonhador

Quem lê,

Me vê a esperar

É que eu embarquei meus sonhos

Num veleiro aventureiro

Deixando os meus pés em terra

Achando ser verdadeiro

Brisa que sempre me avisa

Que viu muitos sonhos perdidos

Que as calmarias deixaram

Às correntes recorridos

Fortuitas tormentas lhes movem

São lamentos transferidos

Pelo tempo que transcorre

Sem o retorno devido

Sentimento, mútuo sonho

De um sonho que era meu

Platônica simbiose

De um sonho que se perdeu