Resmungo de um velho no alpendre esperando o anoitecer
Já caçei muita onça.
Me metia no meio desse mato
atrás da bicha que andava comendo
meus bezerros ou os do meu compadre.
Já teve vez de nos encontrarmos,
cara a cara, olho no olho!
Ficamos, eu e a pintada, nos encarando,
mas dos nossos olhos não saía faísca não,
saía respeito.
A gente tem que respeitar quem tem coragem
de viver num lugar desses.
E desde desse dia parei de caçar onça.
Hoje quase não vejo onça
e muito menos respeito.