O BROTO QUE RENASCE
Sou o broto que surge em pleno cerrado após a coivara
Contrastando com o cenário de terra queimada
Pela mão do homem, que cometendo um pecado,
Para limpar o pasto ou por maldade o fogo ateou!
Sou a vida frágil e mansa, sou um fio de esperança,
Que chega com a primeira chuva, o leite da terra,
Verdejando a paisagem negra, florindo o campo,
Revigorando todo o cerrado, pois Deus perdoou!
Sou a vida que persiste, sou a esperança que renasce em cada grama,
Sou a primeira gota que cai na terra árida, sou a chuva que forma a lama,
Sou a potente voz de uma ave canora a ecoar no bruto cerrado
Sou a casca grossa que isola e salva a árvore da morte, sou a pura sorte,
Sou chamada esperança, para que na vida continue sempre a renascer normal!