A Bela da janela de tela
Quem é ela,
que da pequena janela se mostra bela?
Quem é ela que esbanja vida,
que canta a vida em versos fortes?
Quem é ela, se não a mais bela?
De todas as donzelas, e aquela é dela de quem falo.
Quem é ela, que me veio com suspiros mudos,
com silêncios que muito falam?
De onde vem, ela?
Sorriu e me varreu a penumbra,
deixou-me como que encantado, maravilhado...
Um olhar de soslaio, um miúdo trocar de frases.
Quem é ela, se não aquela de quem falo,
mulher de traços ocultos, de culta perfeição.
É ela, sim. Aquela que me visita em sonhos,
que me diz palavras belas,
que me sorrir, de quando em vez.
Na tela...
Das tantas faces que admirei, é a dela
a que mais encanto notei.
E, de tantas e tantas e tantas
édantas que tão pouco sei.