A TULIPA E A ROSA

Sua singela existência

Revela a mais altiva flor

Traz seus segredos envoltos

Em suaves tecidos de cor

O que escondes nobre tulipa?

Onde está sua sede de amor?

Nos exuberantes veludos

Descansa o frescor orvalhado

Exala a alma em perfumes

A reclamar o bem desejado

Sem saber se és realmente querida

Até onde irás de róseas paixões perdida?

Escondendo-se sob cores

Desperdiçando seus odores

Pobres corolas!

Bastar-lhes-iam ser como as orquídeas

Que placidamente contemplam

A espera inquietante

Da sua breve existência

Cuja beleza não decepciona

E já traz na sutil essência

A todos perdidos de amores

Enviado por Zê em 22/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2808828