A TULIPA E A ROSA
Sua singela existência
Revela a mais altiva flor
Traz seus segredos envoltos
Em suaves tecidos de cor
O que escondes nobre tulipa?
Onde está sua sede de amor?
Nos exuberantes veludos
Descansa o frescor orvalhado
Exala a alma em perfumes
A reclamar o bem desejado
Sem saber se és realmente querida
Até onde irás de róseas paixões perdida?
Escondendo-se sob cores
Desperdiçando seus odores
Pobres corolas!
Bastar-lhes-iam ser como as orquídeas
Que placidamente contemplam
A espera inquietante
Da sua breve existência
Cuja beleza não decepciona
E já traz na sutil essência
A todos perdidos de amores