Arvoredo
ARVOREDO
O galho não cansa.
Dança, dança.
A folhagem acena.
Vem a passarada
E pousa encantada,
Agasalhando as penas.
Nos tufos verdes,
Em graves acordes,
A cigarra zune.
Vem a formiga,
A abelha amiga
É um belo time.
Vêm borboletas
Em piruetas,
Bailando no ar.
Vêm colibris
Voando sutis,
Querendo beijar.
São os amadores
Das frutas, das flores
Que a árvore oferece.
Debaixo dela
Em rede singela,
Um homem adormece!
Águeda Mendes da Silva