ÁGUAS DA INFÂNCIA
Rios são as águas
da nossa infância
cachoeirando
vida afora.
Contemplo o rio.
Ali navega
a minha infância
na canoa
das lembranças.
Rio pequeno
e pleno de vida,
serpente líquida
deslizando por entre
barrancos e pedras,
entre verdes capins,
deixando um rastro
de ouro e cristal
pelos mundos sem fim.
Rio de peixes,
escamas de prata,
reflexos de luar
em cascata.
Rio, sorrio.
E, com os
remos da alegria,
impulsiono
o barco da vida
nessa viagem
por águas
nem sempre
tão tranquilas.
Desafio as
corredeiras
e me deleito
nos remansos...
(Assim como
também
nos teus braços
busco refúgio
e descanso.)
O tempo passa,
as águas
passam...
Mas o rio permanece.
Ainda hoje,
os rios
cachoeiram
em mim.
Águas da infância
jamais se esquece.
Dedicado a todos aqueles que tiveram um ou mais rios em sua vida. E que ainda são fisgados pelo anzol das lembranças...
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Pelo maior desrespeito,
a custo, encontrei o mar.
E no balanço destas águas,
agora vou descansar.
Como tudo se transforma,
ao vento darei um toque.
No dia em que eu for chuva,
quero cair em São Roque.
(Salete)
Obrigado pela linda interação, poetisa... Abraços...
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