ÁGUAS DA INFÂNCIA

Rios são as águas

da nossa infância

cachoeirando

vida afora.

Contemplo o rio.

Ali navega

a minha infância

na canoa

das lembranças.

Rio pequeno

e pleno de vida,

serpente líquida

deslizando por entre

barrancos e pedras,

entre verdes capins,

deixando um rastro

de ouro e cristal

pelos mundos sem fim.

Rio de peixes,

escamas de prata,

reflexos de luar

em cascata.

Rio, sorrio.

E, com os

remos da alegria,

impulsiono

o barco da vida

nessa viagem

por águas

nem sempre

tão tranquilas.

Desafio as

corredeiras

e me deleito

nos remansos...

(Assim como

também

nos teus braços

busco refúgio

e descanso.)

O tempo passa,

as águas

passam...

Mas o rio permanece.

Ainda hoje,

os rios

cachoeiram

em mim.

Águas da infância

jamais se esquece.

Dedicado a todos aqueles que tiveram um ou mais rios em sua vida. E que ainda são fisgados pelo anzol das lembranças...

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Pelo maior desrespeito,

a custo, encontrei o mar.

E no balanço destas águas,

agora vou descansar.

Como tudo se transforma,

ao vento darei um toque.

No dia em que eu for chuva,

quero cair em São Roque.

(Salete)

Obrigado pela linda interação, poetisa... Abraços...

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José de Castro
Enviado por José de Castro em 12/02/2011
Reeditado em 14/02/2011
Código do texto: T2787726
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