VIAGEM À JANELA





Parto só até a janela
Para ver o verde lá fora
Meu olho vai até ela
De medo que o verde
vá embora

Podem achar monótona viagem
Da sala até a sacada
Mas, nada tem de bobagem
Ter a mata guardada
Lá fora

Vejo do rio, só uma nesga
Mostra , esplendor e beleza
Me deixa tonta e vesga
De perceber à Mãe Natureza
Ela não ignora

Volto à minha janela
Ouço os pássaros que cantam
Na árvore , frondosa e bela
Canções requintadas entoam
Melodia sonora

Nessas minhas idas e vindas
Viajo mais que peregrinos
Vejo o céu que nunca finda
E tenho desejos de meninos
…agora!