Gotas de chuvas
Quando a chuva fina destila
Pequenas gotas, roubando o azul da serra.
Enquanto as loucas brincam na relva,
As tímidas entranham-se na terra.
E olhando a gotinha louca que erra
E cai fora da folha e, trêmula rola
Do tronco fino ate a terra.
E nem percebe que o solo encerra,
A sua vontade de viver ,
De molhar a beleza da serra.
Quantas vezes eu zombei do meu desgosto
Escondendo a angústia que me molha o rosto,
E morre em meus lábios
E não chega ao chão como gotas.
Então penso
Se havia de chorar mais um pouco
Ou que deixar derramar gota por gota
As outras que rolam dentro
Na minha pequena serra.