Vida Ausente Banalmente

Nunca a fantasia surgiu tão doce como nos dias de presentes.

Que seguem longos e eternamente, as vezes reluzentes;

As vezes enegrecida como as noites de intenso inverno e frio ardente...

O vento gélido sopra a face, marcada por filete cristalino de lágrima;

o silêncio conta-me sua história, triste como amor de cruel destino.

O vazio noturno perpetua o vazio de minha alma, e delírio aflora solitário dentre de um de meus devaneios, concedendo-me entre eles e outros, Osneiros.

E neste mundo que guarda o relógio de horas que passam longas eternamente, o céu se inflama de rubro negro entorpecente; desfiladeiro emergem e submermegem num oceano de tecido de mil pensamentos.

E o mar esbraveja com furor a canção de suas águas, que em espasmos se contorce, espumando como salivasse de uma boca epilética.

Desespero toma conta de minha mente.

É ela este ser que atormenta

Cantando-me as verdades inexoráveis. Imutáveis.

Esgueiro-me no abismo fronteiriço da imaginação, onde sonhos e desejo tornam-se substanciais o bastante para aliviar as dores da existência, tornando-se o ópio da sobrevivência.

Inicia-se a renovação a cada destruição presente.

Chama-se a morte a cada oulsar fremente.Vida ausente. Banalmente. E a história continua. Noite após noite. Contada pelas entrelinhas do tempo.

Vazia como tarde outonal; morta como as folhas secas de um tarde outonal.E a história repete-se. Vida ausente. Banalmente...

Francisco Alves Miztetlan
Enviado por Francisco Alves Miztetlan em 03/02/2011
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