Alma da noite

O lampiro a noite cortava

Com sua verde luz da esperança,
O espectro entre o encanto e o negrume
Pausadamente incomodava.
 
Efêmero da treva, ingênuo e solitário
Do espaço e da vegetação;
De luz apagada e triste no chão
O pequeno lampiro nada mais clareava.
 
A brisa o levava em sudário de diminutos
Tecidos, motivo do folguedo.
Qual verde esmeralda, porém na pedra
Apenas o escuro, alvo do segredo.
 
Lá se foi a luz esvoaçada e vil
Da estrela em flecha. Partiu-se a sucinta
Lanterna e nenhum vivente do planeta
Soubera consertá-la.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 03/02/2011
Reeditado em 03/02/2011
Código do texto: T2769061
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