25 de junho
Olho para a parede,
e percebo que já
não dava para
estar dentro daquilo.
Saiu correndo e não
desprezo os olhares
e até os procuro,
retribuo.
Lamento os outros
que não me olharam
intensamente, beijos
ainda não me tocaram
a boca.
E nesse 25 de junho,
a chuva me deixou
molhando por dentro,
e não apenas por fora.
Quando os olhares,
passam a silenciosamente
me observar. Percebo
que sou eu, o que tu queres.
Um doce 25 junho,
um frio 25 de junho.
Que jamais será
esquecido.