Escrava...
Teu chamado veio com o vento,
Como um lamento distante,
E teu ínfimo pensamento, tornou grande o meu momento.
E com o coração em festa, sorvia teus versos,
Bailando ao som do teu lirismo,
Fazia amor em tuas linhas...
Pois tuas juras, sonhava...Julgava minhas!
Apaixonada, iluminada por tuas palavras...
Por tua alma descrita sem pudores,
Relatos de teus febris amores...
Que fazem meu corpo trêmulo pensar em ti...
Desejar teu prazer, querer te pertencer...
Minha alma, vagava no infinito do tempo,
Em busca talvez, da paz de um sorriso
Um colo amigo,encontro em teus versos,
Um porto mais que seguro...
Farol, que surgiu no meio da tempestade,
Em que se encontrava meu coração,
Trancafiado no calabouço da solidão.
Trouxe nos versos a luz,
Que me seduz e me conduziu a teu sonhos e delírios...
Me enfeitiçou o teu charme,
Tuas poesias acariciaram minha alma, meu corpo...
Me marcaram tuas mãos, beijos, paixão!
__Quimera?__ Talvez, mas...
Senti tuas rimas, me sorrindo convidativas,
Ofertando amor e gozo...Sensação, emoção...
E minha alma, que vagava no infinito do tempo,
Disse sim ao teu lamento...Eu te acolhi em mim!
Mergulhei em tua magia,
Fascinada por tua essência de Eros...
Me encontro dominada por teu fogo, tua sensualidade,
Minhas noites ficam quentes
Só de pensar que podes estar, a me desejar!
E teu silêncio sela meu destino,
Condenada a sofrer, sem nunca te ter...Só te querer.
Meu coração sabe, por intuição,
Que não viverei esse emoção,
Mais sou prisioneira dessa ilusão.
Bandido, maldito, querido...Vêem, me têm.
Meu coração pede aflito!
E solitária, uma lágrima rola em meu rosto,
Buscando o consolo do calor de teus lábios,
Devaneios, sentimento descrito na esperança dos versos,
Poderem alcançar o teu coração...
Saudade do sorriso teu, meu poeta, meu amigo.
Meu homem com sonhos bonitos...
Com tez cor de avelã...Na boca o gosto de maça!
Meu pecada mais acariciado...Meu anjo das letras,
Dono de versos, que me tocam a distância
E que causam calores, saudades, vontades...
Homem de ilusão...Poeta tu és, meu eterno refrão.
Osculou meus lábios com um beijo suave,
Para depois me morder com voracidade...Selvagem!
Me rouba os pensamentos, deixando em minha alma,
A sua essência de mago encarnada...
E em meu corpo a marca de tuas dentadas!
Sinto na pele o sopro de seus sonhos,
E nos meus versos, confesso,
Você é sempre o tema,
Pois sempre me lanço em visões de nós dois...
Entregues na luta pelo prazer,
E não canso de descrever,
A guerra que travam nossas línguas...
Você é meu mais louco engano...Profano!
Teu sorriso me faz muita falta,
Teus versos meu ópio...Que faz adormecer
O câncer que me devora alma...A solidão
Minha alma agora vaga, qual espectro frio, hirto,
Minha pena silencia...a inspiração me abandonou,
Devolva meus sonhos...Me devolva o querer, viver!
Escreve para mim...Libertando assim meus demônios,
Me livra do sono da morte,
Pois sem ti meu poeta, esqueço de sorrir...
As noites são longas sem tuas linhas,
Teus cuidados, carinhos,
Não consigo seguir outro caminho...
Eu preciso de ti...volta pra mim!