Pingos de saudade
A chuva avança no quintal de minha casa
lentamente, de asa em asa
voam pingos de saudade
registrados na eternidade
As flores se revigoram
se alegram e não choram
com o banho luminoso da vida
descendo sem anunciar a despedida
Um canto de passarinho se faz ouvir
entre o barulho da chuva a cair
a enverdecer toda a natureza
a realçar cada beleza
E eu calada e com ar tristonho
tento buscar um quê risonho
que faça festa mesmo sem sol
e resplandeça igual o girassol
Afinal a chuva é água e vida
esperança de saída
desses transtornos inexplicáveis
e de sentimentos indesejaveis