Homenagem aos avós ( In memorian)

Hoje bateu uma saudade

Uma dor em minha calma

Um misto de tristeza e dor

Uma disabor em minha alma

Viajei no tempo, distante

E me achei em Presidente Prudente

Lembrei-me de vovó e vovô

São coisas que machuca a gente

Meus avós paternos já são mortos

Mas a saudade é da memória deles pertinho

Do tempo que eram vivos

Dos seus afagos, seus carinhos

Franciso de Assis Fidelis

E também Maria Virginia

Meus avós muito queridos

A morte os levou dessa vida

Mas as lembranças estão na mente

Que saudade dos abacates

Nescafé, do leite quente

Eu me lembro do velho rádio

De madeira e bem surrado

Do sofá, das louças do Baú da Felicidade

Dos vidros na estante guardados

Eu me lembro de roque Santeiro

Dos Trapalhões e do Fantástico

Dos domingos com meus avós

Saudades, não sei o que faço

Vovô ficou doente

Não é que agora eu reclame

A morte tem suas causas

Vovozinho, foi o derrame

A última imagem dele

Eu ainda guardo na memória

Foi quando eu ainda morava em Coxim

No dia que eu fui embora

Tinha lá meus dez, onze anos

E por ele um amor de encanto

Eu me lembro de seu triste choro

Eu me lembro do meu triste pranto

Vovó se foi bem depois

E eu ainda a pude ver

Só lamento vovó querida, tão cedo partiu da vida

E não pôde me ver crescer

Morreu e levou parte de todos

Todos nós ficamos enlutados

Seus netos, nora, genros, filhos

Todos de ti, fomos furtados

Saudades de meus avós

Que me veio em uma canção

“Eva - ( Rádio Táxi)”

Me trouxe recordação

Saudade da minha terra

Do rincão onde nasci

Onde sepultados estão meus irmãos

Até aquele que não ví

( Juliano e Ricardo)

Do primeiro eu sou gêmeo

Do segundo, separados

De um, saudade na alma

Do outro, saudade ao lado

Lembrança da minha prima Cláudia

Filha do tio Aldemir

Saudades do meu tio Antônio

“Macho e meio (...) ainda pareço ouvir

São meu sangue que já se foram

E que hoje me trouxe saudade

Com carinho escrevo essas linhas

Os meus versos são minha homenagem

Tio, prima

Ricardo e Juliano

Avós queridos

Sou eu, Fabiano

Meu poema não é ouvido por vós

Pois já estão ausentes

Mas essa é minha sincera homenagem

A minha familia, os vivos, presentes.

" A morte não é o fim, mas um lapso no tempo até que possamos se unir do outro lado. Uma homenagem aos meu velhos queridos, meus irmão, prima e tio. Saudades dos que partiram e falta de familiaridade com os que são vivos... Minha ascendência precisa viver unida para que a descendência não viva separada. Um grande beijo a toda a familia Fidelis, minha família, meu povo, minha geração"

FidelisF
Enviado por FidelisF em 21/01/2011
Código do texto: T2743011
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