Abandono
Incessante busca a olhar um céu de mácula.
O que foram feitos de nossos risos
quando a madrugada se instalava!
Percebi um sorriso morno, distante, na minha chegada
e uma alegria incontida, porém, sombria na minha partida.
O que aconteceu com o tudo ou nada!
A precipitação desmedida de um querer que
sem querer se diluiu e de nós partiu.
Não há mais choro nem arrepios.
Um rio que secou, muitos peixes o sol matou,
ficando um leito vazio.
Na penúria escamosa, entre versos e prosas
concerto-me, me acerto num tempo que nada quer acertar.
Pendências, sofrimento, equação que não quer mais somar.
O abandono se fez refém e nunca mais te tocar.
Se oração eu vou rezar, se devoção esquecer,
se resumo apagar, eu não quero mais sofrer por te amar.
Edna Fialho
Incessante busca a olhar um céu de mácula.
O que foram feitos de nossos risos
quando a madrugada se instalava!
Percebi um sorriso morno, distante, na minha chegada
e uma alegria incontida, porém, sombria na minha partida.
O que aconteceu com o tudo ou nada!
A precipitação desmedida de um querer que
sem querer se diluiu e de nós partiu.
Não há mais choro nem arrepios.
Um rio que secou, muitos peixes o sol matou,
ficando um leito vazio.
Na penúria escamosa, entre versos e prosas
concerto-me, me acerto num tempo que nada quer acertar.
Pendências, sofrimento, equação que não quer mais somar.
O abandono se fez refém e nunca mais te tocar.
Se oração eu vou rezar, se devoção esquecer,
se resumo apagar, eu não quero mais sofrer por te amar.
Edna Fialho