Vida ao Relento
Pressa que se faz depressa
A vida é
Presente, descontente
Surpresa que em balaio pesa
Embrulho, escondido, incontido
Sem ser sentido
Entre zumbidos e sonidos
Na manhã revolta
Da aclamação
De pássaros e cardins
Fantasias perdidas em jardins
Pastos breves,
Onde os suspiros são de barro
E as forças de algodão
Sementes permanentes
Levadas em aluvião
Vida que se faz depressa,
E nessa vida,
Mil sonhos se espalham
E apenas um regressa