Céu de amor, céu de dor!
Quantos céus espaços enlaçados em nuvens cetim.
Quantos pedaços e teias emaranhadas no oculto,
Silêncio induzindo as escarnias de um tempo revisado,
Porém, ainda imerso na dor do amor absoluto.
Teias, aranhas que cortam as noites, tecendo trajetos,
Dejetos fincados no espinho da flor que ceifou lucidez,
Embalada no vento furacão de dispersos sentimentos, _dor,
Causam ruptura em casulos de transtornante embriaguez.
Seriam teus seios, luas cheias, a me pedirem toques!
Seria teu sorriso a fulminar-me em adeus!
Seriam vertentes de um céu trôpego gemido,
A adentrar dores em noites de sonhos meus.
Edna Fialho