negritude
na retorta divina
a borra escorre sombras de morte
de pele escura
pelos canteiros sombrios
de negreiro navio
no açoite das ondas
em um leme em fùria
remendo a noite
sobre a luz da estrela
salgada no cêu da boca
espumas amarga
palavra de sal
batismo de dor
salina estramha nas entranha
perdido olhar sobre o mar
revolto cantar de uma gaivolta
afogado espirito talo negro
na lasca
germinado nos germe
do amor veemente
chibatas de fogo estalo quente
acende faisca de odio ardente
naufragio de sonho correnteza
no lombo,raiz de veneno
mortais de espanto
em gargalhada s profeticas
de risos maldito
pancadas de grito pertubam
o sono silencio no ceu
no mudo inferno
no fim desse verso
um ponto escuro