Mundo vasto mundo.
“Mundo vasto mundo, em que tempo a infância em mim se perdeu!” Não percebi, cresci e minha inocência se foi muito além do infinito de máscaras das quais tive que me ajustar para não despencar. Em despenhadeiros deslizei, engoli veneno, dissabores... Aposentei sonhos, me indispus com o mundo que amaldiçoadamente se interpôs entre meus vazios e cheios... Perdi a inocência quando tive que aprender a mentir, a enganar a ferir pra numa selva sobreviver e apressar a comida mal digerida num eterno correr. Assim, me perdi num jardim de serpentes que me deixaram dormente quando em suas mordidas em meus calcanhares, apenas me proporcionaram o delirar. Onde me perdi, pra novamente me achar?
Edna Fialho
** Esse poema foi a dedicatória da minha monografia na Universidade Federal, quando fiz minha Pós Graduação
e a dediquei às crianças trabalhadoras de todo o mundo, que perdem sua infância e sua capacidade de sonhar. **
“Mundo vasto mundo, em que tempo a infância em mim se perdeu!” Não percebi, cresci e minha inocência se foi muito além do infinito de máscaras das quais tive que me ajustar para não despencar. Em despenhadeiros deslizei, engoli veneno, dissabores... Aposentei sonhos, me indispus com o mundo que amaldiçoadamente se interpôs entre meus vazios e cheios... Perdi a inocência quando tive que aprender a mentir, a enganar a ferir pra numa selva sobreviver e apressar a comida mal digerida num eterno correr. Assim, me perdi num jardim de serpentes que me deixaram dormente quando em suas mordidas em meus calcanhares, apenas me proporcionaram o delirar. Onde me perdi, pra novamente me achar?
Edna Fialho
** Esse poema foi a dedicatória da minha monografia na Universidade Federal, quando fiz minha Pós Graduação
e a dediquei às crianças trabalhadoras de todo o mundo, que perdem sua infância e sua capacidade de sonhar. **