Embuídos nesta Monotonia de Acalento
Descobre os dias num lugar ao longe:
Deixa-te trespassar pelo vento que corre;
Na torrente do ébano és seduzida pelo monge;
Tempo que na esperança morre...
Num porto longínquo, lá longe!
Vivas ou não, haverá sempre lá longe alguém:
Partirás, chegarás, no porto deste mar te esperam;
Sonho, esperança, chamam por ti além;
Nesta viagem da vida os dias prosperam...
Lá longe no horizonte une-se a vida a alguém!
Embuídos nesta monotonia de acalento:
Ao longe o ocaso, a definição da vida;
O murmúrio da vida, encanto do momento;
Iníbria as mentes, a saudade do tempo, toda a magia...
Avisto ao longe tanta felicidade que acalento!
15/11/2010
José Duarte André