Elegia na Tempestade

Onde estão os antigos cavaleiros

Que em cor rubra tingiam suas espadas?

E as donzelas que em vão choraram

Por seus maridos nos campos de batalha?

Onde ficaram aquelas belas montarias

Que como o vento cortavam os verdes campos?

Onde brincavam as crianças

As imagens vivas de Deus, ainda assim, humanos...

A chuva delata a tristeza dos céus

As lagrimas do divino, do rio a margem encheu

Ao fechar meus olhos, mal sinto a relva

Compartilho da tristeza de Deus

No sopro do vento ecoa o silencio

Correndo a terra como em perseguição

Meu Deus! A chuva não cessa

Ela planta tristeza em meu coração

Tão belo e triste quadro este negro céu

Saúdo a solidão como meu novo tormento

Uma tempestade que nunca passa

Ao final, só me resta o silêncio...

O Mercador de Sonhos
Enviado por O Mercador de Sonhos em 15/11/2010
Código do texto: T2616415
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