Elegia na Tempestade
Onde estão os antigos cavaleiros
Que em cor rubra tingiam suas espadas?
E as donzelas que em vão choraram
Por seus maridos nos campos de batalha?
Onde ficaram aquelas belas montarias
Que como o vento cortavam os verdes campos?
Onde brincavam as crianças
As imagens vivas de Deus, ainda assim, humanos...
A chuva delata a tristeza dos céus
As lagrimas do divino, do rio a margem encheu
Ao fechar meus olhos, mal sinto a relva
Compartilho da tristeza de Deus
No sopro do vento ecoa o silencio
Correndo a terra como em perseguição
Meu Deus! A chuva não cessa
Ela planta tristeza em meu coração
Tão belo e triste quadro este negro céu
Saúdo a solidão como meu novo tormento
Uma tempestade que nunca passa
Ao final, só me resta o silêncio...