CREPÚSCULO

No atar do verso

a formação do poema.

O crepúsculo beija as pedras

abre portas,

e entra em nós.

Esperança frágil, dispersa.

O rio de palavras escorre e lava as ruas.

A grande noite acena

e seca a primeira lágrima.

É quando rompem-se os espinhos do tempo.

A poesia desata-se da rosa e enfeita o chão

por onde os nossos olhos fogem...

por onde os os nossos passos vão.

Marilia Abduani

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 11/11/2010
Código do texto: T2608792