SINFONIA NA FLORESTA
A água corria em seu estreito leito
a folha seguia languidamente juntos
por entre as matas iam a seu deleito
conquanto os galhos harmoniosos corriam adjuntos.
Sons de sinfonia ecoavam ao leu
pássaros trinavam sons melodiosos na floresta
o maestro da Ópera que era Orfeu
coordenava a brisa e as ararinhas em festa.
Bailavam as garças em sua altivez
tocando com os pés a relva plácida
aos sons de gruir eram insensatez
querendo findar a festa clássica.
A brisa soprava com o seu encanto
por entre os arbustos em tons de melodia
a cotovia mostrava o seu canto
por toda a mata se ouvia.
O sol brilhante dolente
com seus raios resignava a se esvair
negando a chegar ao poente
quando a lua arrogante adentra em seu florir.
Finda-se a sinfonia da floresta.
O silêncio lúgubre assume o seu lugar
tudo é quietude e já não existe festa
aguarda-se um novo dia que é salutar.
Os pássaros aconchegam em seu ninhos
as feras em suas tocas,muito embora,
cada um tem seu cantinho
o raiar de uma nova aurora.