A seca
A seca
Um homem e seu guarda-chuva
Numa tarde de sol
Olhavam para o céu
E nos sonhos que sonhavam
A esperança guardavam
Que uma nuvem de bonança
Perdida lá nos confins
Pegava uma carona no vento
E no mínimo do tempo
Deixaria cair
Nem que fosse por engano
Uma manga-d’água
Naquele solo maltratado
E assim, sonhando acordado
Na seca deram um fim