TRISTE ÉBRIO
Depois que este triste ébrio morrer
não quero lágrimas, cravos e nem velas,
para adornar o meu ultimo leito
quero apenas semblante de respeito,
já que não recebi no viver.
Quero apenas que ébrios loucos como eu
venham a minha campa e depositem seu afeto
por um louco que entre eles já viveu,
deixem que os vermes definhem as frias carnes
do meu cadáver e na dor da saudade, apenas rezem.
Deixem que os mendigos e prostitutas
bebam e cantem sobre meu túmulo,
nao quero rosas, lírios nem dálias.
apenas garrafas espalhadas pelos cantos,
e pontas de cigarros sobre a lápide.
PARA BRUNO POETA