TRISTE ÉBRIO

Depois que este triste ébrio morrer

não quero lágrimas, cravos e nem velas,

para adornar o meu ultimo leito

quero apenas semblante de respeito,

já que não recebi no viver.

Quero apenas que ébrios loucos como eu

venham a minha campa e depositem seu afeto

por um louco que entre eles já viveu,

deixem que os vermes definhem as frias carnes

do meu cadáver e na dor da saudade, apenas rezem.

Deixem que os mendigos e prostitutas

bebam e cantem sobre meu túmulo,

nao quero rosas, lírios nem dálias.

apenas garrafas espalhadas pelos cantos,

e pontas de cigarros sobre a lápide.

PARA BRUNO POETA

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 23/10/2010
Reeditado em 24/10/2010
Código do texto: T2574114
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