O silêncio é a tortura eterna

Sob devaneios me encontro

sem nada a alcançar,

sem nada a deixar pra trás.

Dos dias, que sempre vão

dos amores que nunca virão.

Se me deixasses navegar

por entre teus caminhos,

me deixe ser, e alcançar

para não ficar sozinho.

Eu sigo,

eu sinto,

me sento,

reflito.

Não há mais,

nada de novo.

Novo do nada.

Se eu repito as frases

rimas e dias.

É porque esses mesmos dias

nada me trazem.

Fique mais um pouco

apenas pra falar,

apenas pra não

me deixar a desviar.

Mas ninguém estará lá

para me alcançar...

Assim estou,

e o café já acabou.