Natureza
Enxurrada de vida,
Uma vida gritante
E um verde pulsante,
Exorbitante,
É o abuso desregrado
E inapropriado
Que se faz da natureza
Com vil crueza.
Ouça o sibilar desesperado
Que desordenado, o pássaro fugaz
Emite rasgando o céu,
Enquanto o fogaréu
Cobre de cinza todo este mundo;
E o pesar profundo
Do pequeno filhote
Com o parente moribundo.
Natureza,
Teu pranto é tempestade,
E à humanidade
Toda sua revolta
E não há mais volta,
Porque outrora,
O que era aurora,
Agora,
Perdeu em beleza,
Tamanha a nossa frieza.