À SOMBRA DAS PALMEIRAS
Em quarenta e dois passos nas areias
vi as marcas dos inocentes
que por aí andam: estrelas cadentes;
ainda demonstram ter sangue nas veias...
Em quarenta e dois passos nas areias
milhares de vidas cessaram, num grito,
em dia marcado na História, em negrito:
vence a Taturana, o veneno das teias!
Em quarenta e dois passos nas areias
busquei no silêncio a vida, a mais vera!
Quase me convenço disso uma quimera
se não fosse o soprar dos ventos, sem peias!
Em quarenta e dois passos nas areias
busquei o sentido no tufão caótico -
que o mundo vem sendo o seu maior protótipo! -
vi a salvação no amor, na união - as candeias!...
Em quarenta e dois passos nas areias
vi as minhas marcas tão embaralhadas
com rumos de inda e de vinda embrulhadas...
de outros trajetos compondo redes de cadeias...
Em quarenta e dois passos nas areias...
parando, afinal, sento-me em frente ao mar,
e imersa nas brisas que me acariciam no ar
ouço as vozes distantes das vidas primeiras...
Mas...são quarenta e nove passos nas areias!
Acrescenta a confusa presença ausente de alguém
que me acena, bem quando não havia ninguém!...
e seguimos, felizes, à sombra airosa das palmeiras...
Com ternura,
a você, meu atemporal enredo "basco",
F.H.L.
em 1984
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO, CÓPIA OU PUBLICAÇÃO SEM A EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DA AUTORA.
Em quarenta e dois passos nas areias
vi as marcas dos inocentes
que por aí andam: estrelas cadentes;
ainda demonstram ter sangue nas veias...
Em quarenta e dois passos nas areias
milhares de vidas cessaram, num grito,
em dia marcado na História, em negrito:
vence a Taturana, o veneno das teias!
Em quarenta e dois passos nas areias
busquei no silêncio a vida, a mais vera!
Quase me convenço disso uma quimera
se não fosse o soprar dos ventos, sem peias!
Em quarenta e dois passos nas areias
busquei o sentido no tufão caótico -
que o mundo vem sendo o seu maior protótipo! -
vi a salvação no amor, na união - as candeias!...
Em quarenta e dois passos nas areias
vi as minhas marcas tão embaralhadas
com rumos de inda e de vinda embrulhadas...
de outros trajetos compondo redes de cadeias...
Em quarenta e dois passos nas areias...
parando, afinal, sento-me em frente ao mar,
e imersa nas brisas que me acariciam no ar
ouço as vozes distantes das vidas primeiras...
Mas...são quarenta e nove passos nas areias!
Acrescenta a confusa presença ausente de alguém
que me acena, bem quando não havia ninguém!...
e seguimos, felizes, à sombra airosa das palmeiras...
Com ternura,
a você, meu atemporal enredo "basco",
F.H.L.
em 1984
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO, CÓPIA OU PUBLICAÇÃO SEM A EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DA AUTORA.