UM GRITO ECOA...

Amo o piscar das estrelas,

Que quais graciosas crianças,

Ensaiam a primeira paquera;

Amo a lua cheia, uma gordinha tão fofa,

Que também tem sonhos e quimeras;

Amo o sol que clareia,

Como a alma do jovem que anseia,

Chegar ao topo... Brilhar;

Amo o rio cristalino,

Que com humildade de um menino,

Quer continuar matando a sede,

Mas, jamais sonha ser mar.

Amo as humildes arvores frutíferas,

Que alimentam os pássaros,

Sem saber que doam vida,

Com as sementes caídas,

E, com os caroços que sobram ao chão;

Amo o cantar da cigarra,

E os pássaros que voam felizes,

Em meio ao verde do sertão.

Amo a natureza que grita,

Amo a natureza que clama.

Ouçamos a sua voz!

A natureza ainda respira,

Ela chora, ela suspira,

Não por ela... Mas, por nós!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 24/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2518721
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