Noites de Inverno

Rio de Janeiro, julho de 2002

Correr com o tempo

Descansar corpos ao vento

Sorrir com o sol de inverno

Beijar o beijo eterno

A meia lua crescente

Cheia em seu esplendor

Derrama a tristeza alheia

Desce e leva aos mares a dor

E desponta renovado e festeja

O novo dia irradia

O frescor do orvalho chorado

Secando ao brilho das folhas

Folhas prateadas da água

Verdejantes do sol de inverno

O azul profundo do infinito

Refletido em sua face

Frágil guerreiro do asfalto

Saudoso de suas origens

Alto em suas aspirações

Dois corações em vertigem

Bela colheita

As uvas engarrafadas

O cheiro da madrugada

E o sereno nos olhos da amada

Amada lua, lua amada

A iluminar o caminho da chegada

Pesponta o mar, o horizonte

Responde sem falar o amar

Noite bela, fogueira acesa

Chuva rala no rosto

Quisera entender o gosto

Da chuva, da noite inteira

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 17/09/2010
Reeditado em 08/10/2010
Código do texto: T2502969
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