Parto

Parto agora

Para a aurora da minha vida

Que num segundo em outrora

Eu olhava com desdém.

Sigo reto

Por mais torto que eu pareça.

Sozinho na peleja

Só eu e mais ninguém.

Lá se vai

Eu e meus poêmas

Correndo dos problemas

E da falta de alguém

E me lanço

No abismo de palavras

Cruzadas e cravadas,

Feito eu tivesse asas

Pouso na realidade além

Onde quém faz a música

É o chacoalhar das arvores,

E danço eu e dançam arvores

Só depois desse absinto

É que me sinto bem.

William Urick
Enviado por William Urick em 08/09/2010
Código do texto: T2484831
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