Parto
Parto agora
Para a aurora da minha vida
Que num segundo em outrora
Eu olhava com desdém.
Sigo reto
Por mais torto que eu pareça.
Sozinho na peleja
Só eu e mais ninguém.
Lá se vai
Eu e meus poêmas
Correndo dos problemas
E da falta de alguém
E me lanço
No abismo de palavras
Cruzadas e cravadas,
Feito eu tivesse asas
Pouso na realidade além
Onde quém faz a música
É o chacoalhar das arvores,
E danço eu e dançam arvores
Só depois desse absinto
É que me sinto bem.