Sexta-feira 13
Nem fúnebre nem fatidicamente fria,
é entre a névoa de agosto um leve açoite,
é talvez tão somente mais um solene dia,
antes que a bruma traga o hálito da meia noite!
São estas horas feitas de pálidas texturas
de melancolia vestidas em estranha expectativa,
é um grafite verde de limbo, a cor das sepulturas,
qualquer sexta é sexta, esta, é a tristeza definitiva!
Surge entre as negras e medievais melodias,
um soprano trágico saudando a madrugada,
qual negras, armagedônicas e escuras poesias,
ela inflama o inferno, nos braços da morte, chegada!
Num coche fúnebre coberta de lendas ela vem,
espalhando em flocos todas reunidas as maldições,
talvez uma utopia vinda das antigas terras do além,
estas evocação desejadas de puras e singelas ilusões.
Malgaxe