HINO INAUDÍVEL

Sou filho do mato

Com muito orgulho

A contemplar

Tamanha beleza

Inebria-me o contato

Com a mãe natureza

Fragrâncias silvestres

Viajando ao relento

Perfumando os vales

Nas asas do vento

Meus olhos devoram

O contraste das cores

Vislumbram e exploram

Às singelas flores

No romper da aurora

Quando espalha o perfume

Ou no crepúsculo da noite

Com os vaga-lumes

Nuvens brancas rolando

Vagando ao leu

Uma águia planando

No azul do céu

É sublime e divino

Com a brisa suave

Quase inaudível

Entoando seu hino

Mumura o distante regato

Que brota na serra

Deslizando entre o mato

No ventre da terra

E a lua de prata

Vomitando magia

vem surgindo na mata

Inspirando poesia

É assim a visão

De um matuto sertanejo

Que tem no coração

Um forte desejo

Que respeitem a natureza

Com patriotismo e cidadania

Consumando a certeza

De um futuro...Com melhores dias!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 05/08/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2420212
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