PRIMAVERA DE VIVALDI

A singeleza desparrama-se, arroja-se

As flores fundem-se furta-cores

A cada pétala revoada, um olor eclode

Capeiam-se as fraquezas e dissabores

Neste sol de despenhar a tarde

Verdade, agora sei!

Seguir-te-ei aonde fores...

Indeléveis brisas dos sonhos

Falem-me em galanteios enternecedores

Transponham os muros crivados de heras

Das aprazíveis vielas pastoris do arrabalde,

Nos arredores dos moutedos de ervas...

Durmas feliz, lua da primavera!

Primavera de Vivaldi!