NO CAMPO

Quando o vento muda e revolteia
embaraçando cabelos
e despenteando os ramos
um odor a novo a desprender-se
e a envolver-me...
Um odor matizado a erva,
coentro e hortelã
logo pela manhã...

Estou no campo.

Por momentos deixei a cidade
ao cuidado
de quem não pôde sair.
Sei que o fará a preceito
e que, ao regressar,
a encontrarei ao meu jeito...

O vento passou a fresca brisa.

O calor opressivo,
excessivo,
dos dias passados
abrandou aqui neste canto
e, como tal,
a serena tarde
escorre-me e desliza
fresca e luminosa
banhando-me de encanto!

Insectos zunem nesta tarde morna.

Indiferentes à minha presença
efémeras borboletas
cumprem a sua sina
programada,
traçada,
(antes de gente ser gente),
numa elegância sem par...

A paz, a calma que são um privilégio...

Beijinhos,

Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 28/07/2010
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T2404258
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