Terra querida
Quem um dia te viu sorrir, não iria querer lágrimas,
quem te viu brilhar no auge da juventude, a plenos pulmões gritar
jamais iria emudecer tuas bradarias.
Quem te viu tremular, ao vento insistente do outono, jamais deixaria de soprar
as boas novas... tuas conquistas tantas, tuas ideias plenas.
Quem ouve o canto dos teus pássaros, nos rios, matas, povoados
tem no íntimo uma orquestra montada. De cor, de luz e sons geniais.
Quem te tem na palma da mão, não vacila, não derrama em vão, o sangue justo.
Nesta palma de mão, o aplauso a teu povo, num palco aberto, na praça, na arena, da bandeira.
Quem és tu, que não se cansa de abraçar e receber os desgarrados?
Quem és tu, que está sorrindo entre dores e prantos, a espera de uma nova vida?
Quem sois nós, se não viajantes errantes num tempo magro e escuro?
A espera do teu sol, do teu colo, do teu seio, de tua ternura.
És menina, forte, bela, sina.
Ensina os erros cometidos, aprende comedida a não ter medidas.
Recebe, doa, compadece...
Linda e tranquila, filha do equador, do sol escaldante, da brisa confortante.
Linda, tenra e sempre....
Teresina.