Terra querida

Quem um dia te viu sorrir, não iria querer lágrimas,

quem te viu brilhar no auge da juventude, a plenos pulmões gritar

jamais iria emudecer tuas bradarias.

Quem te viu tremular, ao vento insistente do outono, jamais deixaria de soprar

as boas novas... tuas conquistas tantas, tuas ideias plenas.

Quem ouve o canto dos teus pássaros, nos rios, matas, povoados

tem no íntimo uma orquestra montada. De cor, de luz e sons geniais.

Quem te tem na palma da mão, não vacila, não derrama em vão, o sangue justo.

Nesta palma de mão, o aplauso a teu povo, num palco aberto, na praça, na arena, da bandeira.

Quem és tu, que não se cansa de abraçar e receber os desgarrados?

Quem és tu, que está sorrindo entre dores e prantos, a espera de uma nova vida?

Quem sois nós, se não viajantes errantes num tempo magro e escuro?

A espera do teu sol, do teu colo, do teu seio, de tua ternura.

És menina, forte, bela, sina.

Ensina os erros cometidos, aprende comedida a não ter medidas.

Recebe, doa, compadece...

Linda e tranquila, filha do equador, do sol escaldante, da brisa confortante.

Linda, tenra e sempre....

Teresina.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 28/07/2010
Reeditado em 12/05/2011
Código do texto: T2403976
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.