AMAR A TERRA, AMAR O MAR
Nada em ti é sombrio.
Tuas árvores copadas,
Palco de tantos concertos
De pássaros daqui e de fora,
Embelezam a paisagem
Que serpenteia a morna areia.
Oh, meu riquíssimo tesouro!
Quem não te ama? Só um insensível,
Um cego dos olhos da alma
Sem sangue santista nas veias.
Eu te amo! Amo teu mar sereno
E as ondas, branco véu de noiva,
Cobrindo com graça meus pés.
Amo ver os barcos na barra
E as lembranças que me trazem
De piratas e corsários
Das histórias da minha infância.
E quando forasteiros em alarido
Invadem o mar sem cuidado
Meu Deus! É como ver Moisés
Dividindo o mar com seu cajado.
Aqui reina a harmonia,
Não há a fatal porfia
De irmãos contra irmãos.
Cidade berço da caridade
Cujo povo ensina o valor da liberdade,
Jamais serás esquecida.
Pelos feitos dos teus filhos serás engrandecida,
Pelos versos dos teus poetas sempre lembrada,
Pela hospitalidade eternamente amada.
22/07/10