Equilíbrio desequilibrado

Como é simples e preciso o sabor da natureza.

Como é rico e infinito todo o brilho das estrelas.

As viagens, as paisagens, todo o mundo é tão menino

E o Universo, como um pai, se mostra honesto, irredutível.

Surfista, farofeiro, surreal, medieval,

À deriva, à espreita, do vigor sentimental.

O Universo vai, se ergue, pelas vigas do destino

E se porta sempre alegre, sonegando o empecilho.

Adoro ver as plantas almoçarem, se banharem,

A Lua cuneiforme, aos galopes, aos olhares

Dos casais de namorados que se beijam nas calçadas

E planejam suas vidas nos altares, nas estradas.

O que dizer dos reis vizinhos, que não moram no azul?

Quê dizer de quem não sabe como é quente o Pólo Sul?

Das naves ou dos aliens que mantêm o seu mistério?

Ou da sina do Egito evadindo o intelecto?

Equilíbrio desequilibrado que nos faz nadar, voar

Em cuidados insensatos que nos fazem ver, sonhar...

Pergaminhos infinitos da certeza do incerto.

Raridade decisiva: eis o nosso Universo.

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 18/07/2010
Código do texto: T2384329
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