Tarde de chuva
Tarde de chuva
A chuva cai fina e intermitente,
Deixando à tarde fria, as ruas vazias,
Dá-nos um sentimento de abandono,
Dá-nos a necessidade de um aconchego,
Do calor de um abraço e de um corpo conivente.
A chuva cai lentamente
Nas ruas silenciosas,
Nos becos sinistros,
Na boca do lixo,
Nos bares imundos,
Na zona do meretrício,
Nos jardins, nas mansões.
A chuva cai fina e constante,
Deixam as ruas frias, as tardes vazias,
Abandano-nos em nossos sentimentos,
De riqueza, de poder, de valentia,
Só queremos um pouco de humano calor.
A chuva cai lentamente,
Levantando nevoeiros nas esquinas,
Fechando as lojas mais cedo,
Aumentado as filas no lotação,
Vendendo mais conhaque nos bares,
Ilusão, embriaguez, corações vazios.
A chuva cai silenciosamente em minúsculas gotas,
Convida-nos para o aconchego do nosso lar,
Convida nos para nos encontrarmos com nós mesmos,
No nosso coração, na reflexão e no sentimento de amor,
Que jamais deve ser frio e silencioso.
A chuva cai lenta e silenciosa nesta tarde de inverno
Trazendo saudades, muitas saudades de alguém.......................