Verdades

Por que quando eu disser que virá o mel, sim ele virá...

Por que quando eu cantar as novas cantigas de roda, sim elas serão novas.

Por que quando eu falar de amor, sim será amor.

Amor banhado em mel entoando melodias e cantigas. Amor de mãe ainda no ventre, amor da mulher amada, apenas amor.

No mundo ideal, onde a luz emana da mente sana, irmã é a ideia que vem do outro...

Ah, o outro.

Quem é este ser senão o mérito de minha existência, a razão de minha busca constante pela mudança (e mudança para melhor).

Sim, é do outro que falo, é por ele que canto.

Pois o mundo se desgasta na morte do outro...

A morte surda e minuciosa que caminha lado a lado com a vida desgarrada de quem tira...

Não importa quando. Basta soprar a inspiração.

Seja na rua, no bar, no leito do amor, no infinito...

Terra que emana leite e mel... ledo engano, triste profecia, decepcionante constatação.

Morte súbita em tardes de verão...

Precisa-se, urgente, de uma nova música.

Precisam-se de homens de boa vontade.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 15/07/2010
Reeditado em 16/04/2011
Código do texto: T2379264
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