O Menino das Contas no Olhar
O menino tinha contas no olhar
Algumas tinham o azul profundo
Eram como o contorno do mundo
A nuança das ondas do mar
Tinha contas no sonhar
E vagava contando estrelas
Sorrindo-se sozinho ao vê-las
Nas pautas do céu se desenhar
E estava sempre sozinho
Mesmo entre outros passos
E ansiava pelos braços
Que lhe fariam o carinho
Procurava enquanto era noite
Procurava enquanto era dia
O vento lhe dava um açoite
A imensidão alegria
Deslizava noite adentro cantando
Pela bruma a iluminar
Se seus passos se alargavam
Mais rápido se punham estrelas
Em riscos a deslizar
E se faziam caminhos
Claros
....
Para as contas que tinha o menino
No mágico do seu olhar
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