Olhos de solidão
Eu quase vi a poesia em teu olhar,
então, eu não teria te olhado assim,
pois ficou muito facil pra decifrar,
quando pelos teus olhos, a ternura
se afastou entristecida de mim.
Eu te olhei como um verão que se vai,
reservando o frio para seus dias,
o que levar de olhos sem emoção,
o carinho não quiz na palma da mão,
deixou ao minuano, perenes alegrias...
As longas nuvens no céu de inverno,
tinham os lamentos de um ar de agosto.
Revivem poesias estes dias de agora,
como quase eram teus olhos outrora,
depois a bruma escura do limiar do desgosto...
Há tantas formas de poesia num olhar,
há tanto sentir quando muito se quer desejar,
e apesar de olhos sempre esquivos à dor,
querem sempre uma chance de amor,
os olhos que sonham e desejam amar.
Malgaxe