Rascunho

Mais um dia, mas uma folha em branco...

Escrever um roteiro diferente, um rascunho de obra prima.

O sol se mostra risonho, enfadonho são os sonhos a serem escritos.

A folha em branco, pura e serena, espera o desvirginar do dia.

Quarenta anos se passaram, noites, terreiros e luas.

Quarenta ciclos distintos, partes iguais, esperas.

Idade da razão, Sartre assim o definiu,

e a folha em branco, virgem, espera o primeiro risco.

Eu te vi passar por mim, foi ontem, ainda menina...

triste sina, triste razão, tristes quintais.

Flor de laranjeira, rama de maracujá, sequências líricas.

Eita fases. Eita vida desgarrada.

Escrever a forma e o canto. Cantar para espantar o tédio.

Monotonia. Agonia.

Quarentena eterna, folhas e rascunhos. Dias em vãos.

Caso você se importe, ainda,

Veja o que ando escrevendo ao léu.

Acesse meu eu e respire fundo...

Em um segundo tudo pode mudar.

Leia, comente, experimente.

Critique, enfim,

Faça algo comigo, que não seja a guerra, a indiferença e o desprezo.

Quero mais quarenta anos de anos 80.

Quero mais quarenta anos de sonhos e ilusões...

A realidade, hoje, é ausência de esperança, saudades tolas...

Folhas sujas de estórias vãs.

Rascunhos

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 12/07/2010
Reeditado em 30/03/2011
Código do texto: T2372895
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